Assisti Ratatouille (pronunciado “ratatuie”), o filme sobre o ratinho falante da Pixar, o mesmo pessoal que produziu Carros e Procurando Nemo, entre outros. A comparação com os trabalhos anteriores do pessoal do estúdio de animação da Califórnia é inevitável, pois a Pixar já tem um histórico de 7 Oscar.
Nesse sentido, Rémi, o rato falante, perde para o Topo Gigio. Falta a mágica do Procurando por Nemo ou a paixão do Carros. No Toy Story, também produzido pela Pixar, a vida de Andy interagindo com seus brinquedos é imperdível. Não há uma cena sequer no filme em que não se consiga fazer a transposição “eu já fui criança um dia”. É tudo muito bem montado de forma que perder uma cena é algo impensável no enredo de Toy Story.
Procurando Nemo trabalha na mesma linha. Cada cena só aumenta o suspense do reencontro com Nemo, até hoje memorizado na cabeça da criançada. Em Toy Story, Buzz Lightyear, entre seus sucessos e trapalhadas, conquista o público infantil e um lugar no quarto de qualquer criança que assista o filme.
Como operação de marketing, Ratatouille é um dos modelos a ser seguidos no verão norte-americano (sem esquecer do marketing esmagador do filme dos Simpsons), mas do ponto de vista afetivo o Topo Gigio arrasaria com o rato-chef francês Rémi, que interage com Linguini, um inexperiente rapaz na direção de um restaurante em Paris.
O ponto alto do filme é a participação de Peter O’Toole na voz do crítico Anton Ego.
Foto: Poster.